Carnaval Rio 2016

Sem ganhar desde 1984, Portela faz desfile para romper jejum, diz Barros

São Clemente levou protesto com panelas e muitos palhaços para a avenida

Desde 1984 sem ganhar um título de campeã, a Portela desfilou este ano "para romper qualquer jejum", disse o carnavalesco da escola, Paulo Barros. Estreante na Portela, Barros afirmou que a agremiação procurou se livrar do "ranço" da tradição e fez a sua passagem para a modernidade, credenciando-se ao título.

"Eu acho que a Portela fez um desfile para romper qualquer jejum O principal é que a Portela entendeu que precisava se modernizar, entendeu que tinha que fazer um desfile para competir, para ser campeã", disse o carnavalesco.

"Na verdade, esse ranço que colocaram em cima da Portela, da tradição, é muito pesado. Isso vem de fora, isso não é real, isso não é concreto. A Portela não é nada disso. É lógico que ela nunca vai deixar de ser tradicional, mas a Portela está cansada desse peso, ela não quer mais carregar esse peso nas costas. Ela quer ser campeã do carnaval, e ela entendeu que para isso tem que disputar com as armas da modernidade", acrescentou

Barros contou ainda que a Portela foi sua primeira escola do coração. "É inusitado eu ser carnavalesco da Portela. Isso é a história da minha vida", disse. Sua continuidade na escola, no entanto, ainda será discutida com a direção.

São Clemente
A São Clemente repruziu os protestos contra a presidente Dilma Rousseff na Sapucaí. A última ala da escola da zona sul do Rio, que apresentou o enredo "Mais de mil palhaços no salão", teve palhaços batendo tampas de panela e chefs de cozinha com frigideira e colher de pau na mão. "Não é um protesto contra a Dilma, nada disso. A São Clemente é uma escola irreverente e o enredo pedia. Espero que o público veja de modo positivo e entenda a brincadeira", afirmou o diretor de ala, Kleyton Macedo.

O momento mais tenso do desfile aconteceu perto dos 40 minutos. O terceiro carro teve um problema no chassi e parou de andar, criando um buraco no meio da avenida. A rainha da bateria, Raphaela Gomes, caiu durante o desfile

Já o casal Gabriela e Gabriel Teixeira, de 36 e 33 anos, respectivamente, votou em Aécio Neves e participou dos protestos em Copacabana. "Batemos panela quando Dilma apareceu na televisão e nas manifestações. Queremos mudança na política do nosso país", disse Gabriela.

Eles foram convidados a participar da ala já sabendo que seria um protesto. São integrantes da bateria do bloco Spanta Neném. Os batedores de panela sincronizaram com a bateria no fim do desfile, depois do segundo recuo.

A São Clemente levou para a avenida seis alegorias e 2,9 mil componentes em 30 alas. O circo adentrou a Sapucaí com uma comissão de frente formada por dez palhaços acrobatas com cinco figurinos diferentes, fazendo números de mágica coreografados

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